Aprender a
relaxar. Aproveitar o tempo, tirar um momento cada dia para sair da sua cabeça.
Deixar de acumular pensamentos, problemas, possíveis soluções. Aprender a
fechar as gavetas que não precisamos mais. A fechá-las pelo menos por algum
tempo. Para abrir as portas e as janelas do quarto. Mudar de ares, aprender a
respirar, a deixar entrar a luz.
Aprender
a meditar, talvez. A não pensar em nada. Para deixar cair o lixo, a ferrugem.
Afogar a mente. Olhar mais longe, a linha do horizonte.
Olhar para o espaço no fundo do oceano.
Aprender a respirar, soprar fora a ansiedade e a mania
do controlo.
Não ter medo de perder o controlo, e de se soltar.
Dar o primeiro passo,
atravessar a porta.
Não ter medo de
perguntar, de falar com estranhos; nao ter medo de parecer ridícula, de
experimentar coisas novas.
Não ter sempre medo de cair.
Aprender a deixar-se ficar assim. Parar de roer as
unhas.
Olhar para cima para ver um precipício e não ter medo.
Sentir-se completa
sem se fechar sobre si mesma.
Parar de ver as horas e o telemóvel.
Talvez, só ser.
Para uns momentos.
Não ter medo das pessoas que nos rodeiam, nem das
pessoas que ficam dentro de nós.
Sentir os momentos.
Aprender a sentir o sentimento de libertação.
Como se fosse o ar insufla as asas da gaivota, e a apoia.
Aprender a sentir o sentimento de vontade.
Aprender a utilizar este ar para voar.
Mila
[Terceira Fevereiro
2018]
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