Antes de ter iniciado esta experiência nunca tinha visitado Portuga, e
morar a apenas 30 km deLisboa pareceu-me logo uma oportunidade a não
desperdiçar!
Mas a minha sorte não acabava aí.. é que a minha coordinadora, Filipa, é sobrinha
do baterista dos Xutos e Pontapés, uma banda de nrock com uma história de longa
duração. “São como os Rolling Stones portugueses”, disse-me um dos estudantes
com quem falei durante uma das nossas aulas nas Escolas Secundárias.
Assim uma das minhas primeiras experiências em Lisboa foi um grande concerto
dos Xutos e Pontapés no Coliseu de Lisboa...Emocionante!
Mas a estrela desta noite para mim foi a avó de Filipa, uma senhora com
uma energia extraordinária!
Para ficar no âmbito musical, não poderia faltar uma noite de fado.
O nome fado chega da palavra latina fatum [= destino] porque
a música é inspirada no típico sentimento português da saudade. As
canções do fado falam sobre a emigração, a separação, o sofrimento e o
afastamento.
Como quase todas as músicas populares, nasceu nos lugares da pequena
delinquência urbana, tal como o samba, o tango e a canção napolitana.
Tambem neste caso posso dizer que eu tive sorte. Durante o meu primeiro dia
a passear sozinha para Lisboa - depois muitas subidas e descidas, algumas no
típico eléctrico 28, algumas a pé; depois de me perder entre as pequenas ruas
da Alfama; depois de muito andar ao lado do rio Tejo, desde a Cais do Sodré até
a Praça do Comércio e mais além - cheguei em um ótimo bar no Bairro Alto.
Os preços eram muito baratos e as pessoas que trabalhavam alì muito
simpáticas e acolhedoras. Uma cerveja fresca era mesmo o que faltava!
Foi assim que encontrei o Pedro, a Soraya e a Mafalda e me fui embora com a
promessa de os reencontrar mais tarde
para uma noite de fado num dos restaurantes mais populares e menos
turísticos.
Assim, algumas semanas depois, eu e Mari fomos ao restaurante Dom Leitão, onde
encontrámos uma alegria esmagadora. Leitão assado, vinho tinto e fado
tradicional..
O que poderia querer mais?
Naturalmente Lisboa e
arredores têm muitas coisas mais a descobrir, mas não temos pressa, certo?
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