Para a Passagem do Ano decidimos de “trair” Portugal e aproveitar este
período longo de férias para viajar em Espanha!
Mari
Durante as Férias de Natal fiquei em Lisboa, como convidade de uns rapazes
que conheci na formação de Guimaraes. Foram dias inesquecíveis e tive a
oportunidade de tentar fazer surf na Praia de Carcavelos! Foi muito divertido
mas tambem dificil!!
No dia 27 de Dezembro deixei Portugal e dirigi-me a Espanha para celebrar a
passagem de ano.
Um grande amigo vive em Barcelona e approvetei a sua disponibilidade para
visitar esta maravilhosa cidade. Lá encontrei-me com o meu namorado. Foi muito
interessante ver a capital da Catalunha, famosa pela sua arte e arquitectura - como a Sagrada Familia e todos os edifícios bizzarros
concebidos por Antonio Gaudi.
Foi muito positivo para mim passar tempo com pessoas que amo!
Estava a precisar disto!
Mila
No dia 25 de dezembro perdi a minha carteira Lisboa (Feliz Natal!) e o dinheiro
que tinha para festejar a Passagem do Ano não era muito... Por isso decidi
viajar da maneira mais barata possível... ou seja, apanhei boleia no BlaBlaCar desde
Lisboa até Sevilha!
Por coincidência todas as pessoas que estavam no carro - quatro rapazes
espanhóis e uma rapariga italiana - tinham terminado um SVE (Serviço de
Voluntariado Europeu) na Polónia há pouco tempo
.
A viagem foi divertida e foi muito interessante trocar opiniões e conselhos
com eles!
Em Sevilha esperava-me José, um couchsurfer iraniano que me ofereceu
um sitio na sua casa para ficar uma noite gratuitamente.
Foi muito hospitaleiro, cozinhou-me um risotto de marisco e explicou-me
algumas coisas históricas sobre a Catedral de Sevilha e sobre ás árvores de
laranjas que ficam nas ruas e nas praças como símbolo de prosperidade.
No dia seguinte visitei a Plaza de España, e o resto do tempo andei pela
cidade, consciente que meio dia não basta para ver tudo, e ue tenho de
regressar rapidamente!
À noite apanhei mais uma boleia no BlaBlaCar com o Pepe, um rapaz espanhol,
desta vez ía para Granada.
Aqui reencontrei-me Ludovica e Eloy, o casal que encontrei na primeira
boleia, e que me tinha convidado para celebrar a passgem de ano com eles
.
Na casa de um amigo deles, Jonny, encontrei muitos jovens espanhóis,
italianos, entre outros.
Durante o primeiro dia em Granada andei sozinha pela cidade: visitei a zona
monumental e a Alhambra, perdi-me no bairro árabe El Albaicín, cheio de
pequenas ruas brancas, admirei o panorama do Mirador San Nicolas, e descobri
algumas das caves do Sacromonte. No passado eram caves ocupadas mas hoje muitas
tornaram-se atrações turísticas. O homem que mora nesta cave, disse-me que aqui
a temperatura é sempre amena, e não há humidade graças aos cactos plantados em
cima.
Depois fui a cozinhar com os outros para o jantar de dia 31 dezembro.
Éramos quinze pessoas mais ou menos...
Eu fiz uma parmigiana di melanzane, um prato típico italiano à base
de berinjelas; O Eloy e Ludovica cozinharam uns excelentes camarões!
Depois fomos na praça do município, brindar ao novo ano, dançar e comer as
doze uvas, uma por cada badalada, como quer a tradição!
A festa continuou nas ruas e em casa….
No dia seguinte fomos a tapear - beber uma coisa complementada por
uma pequena comida, uma actividade típica de Andaluzia e especialmente de
Granada.
Reza a lenda que foi o rei que tornou as tapas obrigatórias para
evitar que os seus mensageiros tornassem demasiado bêbedos durante as entregas
e caíssem dos caminhos da Sierra.
Quando estávamos perto da Plaza de Toros, o Eloy e Ludovica explicaram-me
também o significado da expressão “brindar ao sol”, muito utilizada em
politica, que significa “fazer uma coisa sem acreditar nesta, para ganho
pessoal”.
O toreador que nao fazia uma boa corrida costumava cumprimentar o “lado do
Sol”, o mas barato, por que as pessoas que sentavam aqui nao eram muito
experientes….
Depois do almoço, subimos através do El Albaicín, até o Eremo de S. Miguel,
para ver o primeiro pôr-do sol do ano!
Foi maravilhoso: quando as luzes mudam, Alhambra e a cidade toda parece um
lugar mágico!
Abaixo do Eremo estão algumas caves, estas realmente ocupadas. Paramos alì
um pouco, entre fogueiras e tambores, enquanto anoitecia.
No dia seguinte comemos tapas doces como pequeno almoço e tentámos visitar
melhor o Sacromonte. Contudo, na rua encontramos muitas caixas abandonadas cheias
de livros e a tentação para parar ganhou!
Tive que correr para apanhar a minha ultima boleia. Direção: Setúbal.
O condutor, o Hugo, foi tão gentil que acabou por me levar mesmo até a
minha casa no Montijo, e convidou-me para lhe ligar quando visitar a sua
cidade!
Agora, voltamos ao trabalho!
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